As empresas transnacionais (ETNs) têm se beneficiado enormemente de subsídios ao investimento, incentivos fiscais e mercados de trabalho desregulamentados. Para proteger os direitos dos trabalhadores e representar seus interesses fundamentais neste mundo globalizado, os sindicatos precisam assegurar sua base de poder local e nacional por meio de conexões transfronteiriças dentro e ao longo das cadeias globais de valor.
Diáspora haitiana: da utopia à realidade contém os resultados preliminares de pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos da UNILA sobre o Haiti, em parceria com a FFLCH / USP e a FES, acerca do perfil socioeconômico e da identidade cultural dos imigrantes haitianos recém-chegados à Cascavel, município do Oeste do Paraná.
A crescente desigualdade na distribuição de renda e riqueza é uma tendência tanto em âmbito nacional quanto global. No longo prazo, é necessário um outro paradigma de atuação para combater essa desigualdade. Este novo paradigma precisa combinar crescimento econômico com sustentabilidade ecológica e social. A posição socialdemocrata defende uma política econômica na qual a justiça social é, ao mesmo tempo, condição de partida e objetivo final. Essa posição não quer nem a renúncia ao consumo nem uma política de desregulamentação cega e comprovadamente fracassada, mas sim, um crescimento pluridimensional.
Os acordos transnacionais por empresa são um instrumento inédito nas relações de trabalho em grandes grupos privados. A formação de um nível transnacional europeu de negociações e acordos relativos a grupos empresariais representa um processo multidimensional em desenvolvimento, disputado pela política. Associados a este processo não estão apenas chances de europeização, tais como o fortalecimento dos Conselhos de Empresa Europeus (CEEs), mas também riscos de transnacionalização, como, por exemplo, uma possível erosão da autonomia sindical na negociação coletiva ou na atuação nas empresas, nos respectivos contextos nacionais.
Em sua 70ª Assembleia Geral, a Organização das Nações Unidas aprovará os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sucessores dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Os Estados-Membros se comprometerão com 16 grandes objetivos temáticos e um objetivo inovador intitulado Meios de Implementação, que serão monitorados a partir de 169 metas. Espera-se que o acordo, Transformando o nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, guie a implementação de um conjunto de políticas multissetoriais de maneira articulada e em todos os 193 países signatários. As negociações intergovernamentais dos ODS, que duraram quase 3 anos, estão sendo apontadas como o processo mais participativo já realizado pela ONU e que resultou em uma agenda universal, pois aplica-se a todos os países, e tem como referência a ideia de que o desenvolvimento, para ser de fato sustentável, deve garantir equilíbrio entre os pilares econômico, ambiental e social e que, para erradicar a pobreza e reduzir iniquidades, ninguém deve ser deixado para trás. A Agenda 2030 é um instrumento potencialmente poderoso para incidência política, mas não há clareza de como será financiada. Sua última rodada de negociações, em Julho, aconteceu em um clima de protesto e frustração por parte da sociedade civil global e da maioria dos países do G77 devido aos resultados da III Conferência para Financiamento do Desenvolvimento, concluída uma semana antes, na Etiópia, cujas negociações foram pouco transparentes e com forte ameaça dos países ricos de não repactuar a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento que, por sua vez, mesmo se cumprida nos moldes acordados há quase quatro décadas, seria insuficiente.