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Boletim Eletrônico da Executiva
Nacional da CUT |
Nº 105 |
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Secretaria Nacional de Comunicação |
24/04/
2002 |
O que dizem por
aí
"Qual é o problema da mulher
vender uma parte da sua licença-maternidade para o
patrão?"
Paulo Pereira da Silva,
presidente da Força Sindical
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A
CUT comemora o 1º de Maio com você Na defesa dos direitos
dos trabalhadores
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A CUT, em todo o país, se
prepara para realizar o maior e melhor evento do 1º de Maio da
sua história. Faltam apenas 8 dias e as baterias começam a
esquentar. O ato da CUT não se resumirá a um grande evento
centralizado em São Paulo e muito menos, utilizará expedientes
como sorteios, bingos, chás beneficentes, mulheres seminuas e
outras aberrações, para atrair facilmente a atenção do
trabalhador.
A "praia" da CUT é
outra! Acontecerão 26 grandes atos em todo o país (nas
capitais, incluindo o Distrito Federal) que discutirão,
mesclando bom humor e música da boa com atividades políticas,
a situação em que vive grande parte da população brasileira,
propondo alternativas para uma vida melhor e mais justa a
todos.
A principal
discussão a ser levada às praças públicas será a tentativa do
governo em retirar da CLT os direitos dos trabalhadores no que
se refere as relações trabalhistas. O governo, através da
iniciativa do ex-ministro do Trabalho Francisco Dornelles
(hoje, candidato a deputado federal pelo PPB do Rio de
Janeiro), propôs que a Câmara e o Senado votassem um Projeto
de Lei que alteraria o Artigo 618 de CLT. O tal Projeto, se
aprovado, beneficiaria o patrão na hora das negociações com os
sindicatos, porque não teriam a menor obrigação em cumprir o
que garante o artigo, como: licença-maternidade, paternidade,
férias de 30 dias, descanso semanal remunerado, 13º salário,
entre outros direitos.
A Força Sindical,
central sindical que é sustentada por empresários (segundo
confessou seu ex-presidente e hoje deputado federal Luiz
Antônio de Medeiros), e que apóia o governo tentou, sem
sucesso, burlar a legislação e passar por cima dos direitos
dos trabalhadores e negociar com a Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo) alterações como a redução
da horário do almoço, trabalho aos sábados e etc. Claro, que a
Justiça não poderia permitir uma aberração como
essa.
Em São Paulo haverá
novidade!
Mesmo em São Paulo,
palco do tradicional "ato referência" que reúne as principais
lideranças no 1º de Maio, haverá modificações neste ano. A CUT
vai descentralizar os atos, indo em direção às regiões mais
carentes da cidade, buscando falar com o trabalhador e com sua
família onde vivem. Serão 10 atos-shows, sete na capital e
três na grande São Paulo (veja programação a seguir). Este
Informacut divulgará, a cada edição, as programações de todos
os atos nos Estados, culminando, no dia 30, com um estudo
sobre as condições de vida dos trabalhadores
brasileiros.
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Programação do 1º de Maio na Grande São
Paulo |
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Participe: Se você mora na capital ou na grande São
Paulo, anote! Todas as atrações serão precedidas de bandas e
ou artistas locais. Veja abaixo as principais
atrações.
ZONA NORTE
Cachoeirinha
Leci Brandão e
Rappin'hood
Final da Av. Inajar de Souza, com a Av.
Gal. Penha Brasil (11 horas)
Apoio cultural:Afubesp
ZONA SUL
Grajaú
Francis Lopes
Av. Belmira Marin, 3300 (13
horas)
Apoio cultural:Confederação Nacional dos metalúrgicos
(CNM-CUT)
Campo
Limpo
Trio Virgulino
Largo do Campo Limpo (10 horas)
Apoio cultural: Sindicato dos Bancários de São Paulo
Cidade Ademar
Grupo Ira
Av. Cupecê, altura 3300 (13
horas)
Apoio cultural:
Sindicato dos Bancários de São Paulo
ZONA LESTE
Sapopemba
Grupo Art Popular
COHAB Teotônio Vilela - Av. Vila Nova
Artigas, 1300 (13 horas)
Apoio cultural:Sindicatos dos químicos e Plásticos e
Petroleiros de São Paulo
Itaquera
Grupo Soweto e Eliane de
Lima
COHAB José Bonifácio - Av. Virgínia Ferni,
800 (8 horas)
Apoio cultural: Sindicato dos Metroviários de São
Paulo
São Miguel Diversas
Bandas
Final da Av. Jacu-pêssego, com Av. José C.
Oliveira (13 horas)
Patrocínio Rádio Band
FM - Apoio
cultural: Apeoesp
Grande São
Paulo
Osasco
Supla e Grupo Sem
Compromisso
Jardim Helena Maria, no Largo da Feira -
Av. Walt Disney (13 horas)
Apoio cultural: Subsede Osasco da CUT São
Paulo
ABC (Santo André)
Martinho da Vila, Premê e
Ultraje a Rigor
Paço Municipal (11 horas)
Apoio cultural:Subsede ABC da CUT São
Paulo
Guarulhos (Taboão)
Fundo de Quintal
Praça 8 de dezembro (10
horas)
Apoio cultural: Apeoesp e Subsede Guarulhos da da CUT São
Paulo
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ELEIÇÕES NA FRANÇA
A
derrota de Jospin serve de lição para a esquerda
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Ao comentar a derrota de Lionel
Jospin no primeiro turno das eleições presidenciais na França,
o candidato do PT à presidência no Brasil, Luiz Inácio Lula da
Silva, considerou "um desastre para o mundo democrático". Lula
apontou a divisão da esquerda, o desinteresse do eleitorado e
a desmotivação pela campanha como fatores da derrota. "Acho
que isso deve servir de lição para o mundo inteiro. Ou seja, a
esquerda cresceu no processo eleitoral, mas a sua divisão
entre muitos candidatos fez com que uma figura considerada
fascista por todo o mundo político fosse para o segundo
turno".
Todos os candidatos
da esquerda francesa somaram 43,5% dos votos, mais do que a
soma da votação obtida pelos dois primeiros colocados (Chirac
e Le Pen), o que prova que a divisão da esquerda só beneficia
a direita. Os problemas dos imigrantes, do desemprego, da
violência e da juventude foram os temas centrais capitalizados
pela direita francesa.
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UMA
NOVA ERA
Pesquisa Vox Populi indica Lula com 39%
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A candidatura Lula, segundo a
última pesquisa Vox Populi, foi a única a crescer em abril,
passando de 32% para 39%. A pesquisa foi publicada no Jornal
do Brasil. José Serra (PSDB) está em segundo, com 19% (tinha
23% em março) e empatado tecnicamente com Garotinho (PSB), com
16% (o mesmo percentual de março). Em seguida, vem Ciro (PPS),
com 12% e Enéas (Prona), com 2%.
O Vox Populi ouviu
2.007 pessoas, em 115 municípios do país, entre os dias 18 e
19 deste mês. Votos brancos e nulos chegam a 6¨%. A pesquisa
indicou também que 60% dos entrevistados acreditam que um
candidato da oposição ganhará as eleições (24% disseram que
seria um candidato do governo e 16% não souberam dizer). A
esmagadora maioria quer mudanças no governo FHC.
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ELEIÇÕES
Para Duda, Lula representa esperança de justiça
social
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A campanha do PT para a sucessão
presidencial será emocional. Vai valorizar a esperança de
justiça social que Lula (Luiz Inácio Lula da Silva,
pré-candidato do partido) representa para o povo brasileiro. A
afirmação é do publicitário Duda Mendonça, responsável pela
campanha petista, que participou em Brasília de seminário de
comunicação realizado no último final de semana. Pouco antes
do evento, em entrevista exclusiva ao Informes (reproduzida aqui pelo
Informacut), o marqueteiro
elogiou o amadurecimento do partido, ressaltou importância da
militância e explicou que, além de garantir os votos que o PT
já tem, é preciso conquistar os indecisos. Duda também revelou
seu lado místico ao considerar que "o universo conspira a
favor do PT", a começar pelas datas da eleição: o primeiro
turno será dia 6 de outubro, data em que foi registrado o
nascimento de Lula; o segundo acontece em 27 do mesmo mês, dia
em que o petista realmente nasceu.
Entrevista com Duda Mendonça :
Informes - O
que o fez aceitar o desafio de eleger Lula
presidente? Duda Mendonça - Algumas coisas. Poucas
pessoas sabem da minha história. Sou um baiano que foi
proibido de estudar na Bahia, tive que deixar a universidade
pela metade por ter integrado diretório estudantil e por ter
participado de passeatas na época da ditadura. Filho de pai
artista, sou de origem modesta e, apesar de ter batalhado
muito para vencer, fiz muitas campanhas de graça para a
oposição no meu estado, em algumas até paguei para ver. Mas me
decepcionei fazendo campanha na Bahia pela atitude de um
ministro da oposição, não do PT (quem lê meu livro sabe do
episódio), e decidi ser profissional, ganhar dinheiro. Foi aí
que aceitei fazer a campanha do Paulo Maluf para o governo de
São Paulo. Eu sou movido a desafios. Queria ser aquele cara
que elegeu o candidato que ninguém nunca elegeu. Queria
colocar o meu talento em xeque.
Informes - Então
sua ligação com a oposição não é só
profissional? Duda - Não, minha história política é
de oposição. Conheci o presidente do partido, deputado José
Dirceu (SP), quando meu primo ficou exilado com ele em Cuba.
Outro primo meu ficou preso junto com o deputado José Genoino
(PT-SP). Eu também já fiz campanha de graça para os deputados
Genoino e Aloizio Mercadante (PT-SP), e para o governador do
Acre, Jorge Viana (PT). Fiz ainda a preço camarada a última
campanha do prefeito de Ribeirão Preto (SP), Antonio Palocci
(PT). Isso pouco gente sabe. Na verdade, quando faço uma
campanha para o PT sou movido por duas coisa básicas: amor e
desafio. Então eu não poderia encerrar a minha carreira sem
tentar eleger Lula presidente. Eu acredito que, com uma
campanha mais profissional, a gente tem chance de
ganhar.
Informes - E existe fórmula mágica
para ganhar eleições? Duda - Não. Para obter a
vitória é necessária uma soma de fatores. A coisa mais
importante de uma campanha não é nem o candidato. É o momento
político. Se o momento ajuda e o candidato é bom, aí a coisa
vai. Agora, mesmo com um candidato bom, não tem jeito se o
momento político não ajudar. O Lula, por exemplo, foi vencido
nas duas últimas eleições por um plano econômico, não pelo
candidato Fernando Henrique Cardoso.
Informes -
2002 é o momento político do Lula? Duda - Eu
acredito que desta vez as coisas estão ajudando. Estamos
navegando com o vento a favor. Vamos ter uma campanha mais
profissional. O Lula está mais preocupado com a sua imagem e
está levando a campanha mais a sério. Também o PT está mais
maduro.
Informes - A verticalização das
coligações altera a campanha de Lula? Duda - Está
nas mãos de Deus. Se por um lado prejudica, por outro ajuda. O
que eu queria mesmo era ter um pouco mais de tempo no horário
eleitoral gratuito, porque com o quadro que está colocado o PT
vai ter pouco espaço em relação ao tempo do governo. E isso
prejudica.
Informes - Alianças com outros
partidos ajudariam? Duda - Com certeza, pois com
coligação teríamos mais tempo de TV para fazer frente ao
espaço do candidato do PSDB, José Serra, que tem mais que o
dobro do tempo do Lula. E precisamos de espaço para falar do
nosso projeto para o governo, para explicar e muitas vezes
para defender. É muita coisa para ser falada em pouco tempo, e
isso é complicado.
Informes - O que muda nesta
campanha em relação às anteriores? Duda - É chato
falar do trabalho dos outros. O que posso dizer é que as
mudanças serão basicamente na forma de o PT se comunicar. Na
verdade o partido não tem grandes problemas de marketing. Ele
tem é de propaganda. Não é o que diz, é como se diz. E é nisso
que eu posso ajudar e acredito que já estou ajudando. Quem viu
os últimos programas do PT deve ter percebido. Estamos
colocando emoção na campanha. As coisas estão mais
organizadas. Em TV é preciso ter começo, meio e fim. O
brasileiro está acostumado com qualidade na televisão e, se a
propaganda política não tem qualidade compatível, a idéia que
passa é que o PT não sabe nem fazer programa de TV. Veja bem,
não é quem já torce pelo partido. Esse vai torcer de qualquer
jeito, mas a gente tem que alargar, crescer, caso contrário só
chegaremos onde o PT sempre chegou, no segundo
turno.
Informes - E como fazer para conquistar
os indecisos? Duda - De diversas formas. Umas
explícitas, outras não. A TV e o rádio, por exemplo, são
veículos fundamentais pelo seu alcance. Um minuto de
propaganda na televisão vale mais que uma página inteira de
jornal.
Informes - Como combater o terrorismo do
mercado financeiro, que faz previsões sombrias a cada pesquisa
em que Lula sobe? Duda - Os adversários têm o
direito de espernear. Cabe a eles fazer o que estão fazendo e
cabe a nós encontrarmos o antídoto. Esta é uma eleição em que
o Lula representa a esperança e o medo. O nosso trabalho será
diminuir o medo e aumentar a esperança.
Informes
-Vai dar certo? Duda - Não sei se vai dar para
ganhar, mas estou torcendo e apostando nisso. Tudo vai
depender do quadro, do momento político. Eu acredito que Deus
tem que ajudar uma hora.
Informes - E a
estratégia será mesclar a imagem e a ideologia já consolidadas
com uma postura mais light? Duda - Eu discordo muito
desta afirmação do Lula light. Estou colocando na TV o Lula
verdadeiro, feliz, engraçado e inteligente que eles nunca
mostraram. Não tem uma única palavra que não seja dele. Se
hoje o Lula está de paletó é porque ele gosta. Em um dos
próximos programas vou mostrar que ele usou terno e gravata na
sua posse no sindicato do ABC paulista. Então, na verdade, não
se está fazendo Lula light nenhum. O que mudou foi a forma de
o PT se comunicar. Para você dizer as coisas não precisa
gritar e fazer cara de bravo. As mensagens políticas podem ser
passadas até mesmo através de músicas. Então, acredito que não
vou ter dificuldades. É possível conciliar isso. Na campanha
passada muitos candidatos petistas tiraram a estrela da
propaganda ou a colocaram bem pequenina. Eu não. Vou fazer da
estrela a grande vedete da campanha. Acredito que a militância
vai gostar da publicidade do partido. A gente quer conquistar
votos, mas a primeira etapa é garantir o que a gente já tem.
Nisso estou bem atento.
Informes - Quais são os
principais defeitos dos prováveis adversários de
Lula? Duda - Não estou preocupado com o perfil
(qualidades e defeitos) de cada um deles. Não faço campanha
contra, faço a favor. Então pouco importa quem será o
adversário. Sou estilo Felipão (Luiz Felipe Scolari, técnico
da seleção brasileira), que não está preocupado com os times
adversários na Copa. A preocupação é formar um time bom,
arrumado e preparado para ganhar. Quem quer vencer não olha
quem é o adversário. Se não posso escolher este ou aquele
tenho de me preocupar com o programa, em colocar um Lula
calmo, fazendo um discurso tranqüilo e emocional. O adversário
vai ser quem Deus quiser. Acho que está na hora de Deus ajudar
o PT.
Informes - E como um candidato que não
conta com o apoio da mídia, da máquina administrativa e do
poder econômico vence uma eleição? Duda - O PT tem
experiência administrativa. Atualmente ele governa cinco
estados e várias prefeituras. De cada cinco brasileiros, um
mora em cidade governada pelo PT. O partido também tem uma
militância valente, que vai às ruas com entusiasmo. Um
militante petista vale mais que 10 cabos eleitorais pagos.
Essa força e esse idealismo fazem a diferença. O momento
político também é muito bom, e a mídia tem tratado o Lula com
imparcialidade.
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A ERA
FHC E AS ELEIÇÕES
Gabinete de Serra fraudou pesquisa na
internet
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O ministro da Saúde, Barjas
Negri, abriu sindicância para apurar quem e em que
circunstâncias fraudou pesquisa realizada, pela internet, do
colunista Ricardo Noblat do site Correioweb. O colunista
perguntava aos internautas se o governo deveria manter Serra
como candidato ou substituí-lo. No início da tarde de
terça-feira passada, 16, a votação estava apertada: 33% contra
34%. Mas no final da noite, 95% dos votantes apoiavam a
candidatura Serra.
Desconfiados, o
site rastreou os votos e descobriu que a maioria saiu de um
único computador do Ministério da Saúde. Negri prefere
acreditar que não houve má-fé, mas "imprudência" de algum
funcionário.
Às vésperas das eleições, sempre surge
alguma nova regra Coincidência ou não, sempre em véspera de
eleição o governo dá um jeito de mudar as regras do jogo da
campanha eleitoral para beneficiar este ou aquele candidato.
Invariavelmente contra as candidaturas populares.
Em 1993, o então
deputado federal José Serra apresentou duas emendas à
elaboração da lei 8.713, mudando as regras do jogo. Uma,
aprovada, foi a proibição do uso de cenas externas no horário
eleitoral gratuito, após o PT ter percorrido 90 mil
quilômetros do Brasil em caravana, para mostrar o Brasil que
realmente existia. A outra, rejeitada, proibia a participação
de convidados (artistas) nos programas. Em 1998, outra
modificação; a redução de 60 para 45 dias de duração do
horário eleitoral gratuito. A Outra modificação citada por
Lula foi a redução de 60 para 45 dias da duração do horário
eleitoral gratuito em 1998. O próprio FHC empenhou-se na
modificação para não dar tempo da oposição fazer críticas ao
governo.
Agora, inventaram a
tal verticalização das alianças entre os partidos que devem
obedecer, nos Estados, as alianças que fizeram em nível
nacional.
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OPAQ
Pra
não dizer que não falei das
flores
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Não é verdade que o presidente
Fernando Henrique Cardoso e o Itamaraty fizeram vistas grossas
às pressões dos EUA para a destituição de José Maurício
Bustani da Organização para a Proscrição de Armas Químicas.
Num contundente comunicado enviado ontem à sede da Opaq, o
governo brasileiro, numa atitude inédita, expressou todo o seu
apoio ao brasileiro na sua permanência na direção da entidade.
Tarde demais. Bustani, que há mais de um mês sofre pressões
para largar o cargo, já tinha sido destituído.
Leia abaixo a
entrevista concedida por Bustani para o Jornal Folha
de São Paulo na edição de ontem (dia 23) e transcrita do
site do
jornal. A entrevista com Bustani, foi feita em dois momentos:
o primeiro bloco antes da confirmação de sua destituição e o
segundo, após a votação
Parte da entrevista feita
antes a
votação.
Pergunta - O sr. acha que deu certo
sua estratégia de não demitir e forçar os EUA a se
expor?
José Maurício Bustani - Teve sucesso.
Os EUA tiveram de se expor muito e mostrar que todo esse
processo é uma enorme violação do direito
internacional.
Pergunta -
Mas o sr. não voltou a insistir nessa falta de amparo jurídico
em seu discurso. Os EUA conseguiram achar uma saída, ao
mencionarem que o texto da convenção das armas químicas diz
que tudo é assunto de todos?
Bustani - Eu já tinha falado muito
nisso. Agora, me preocupa a falta de reação das delegações
diante desse quadro legal. Eu esperava um debate sobre os
procedimentos, mas os EUA agiram como um rolo
compressor.
Pergunta - O
sr. está decepcionado?
Bustani - Estou. A partir de
agora, qualquer diretor-geral de organização internacional vai
ter de se portar de um jeito que não desagrade os
americanos.
Parte da entrevista
feita após a votação.
Pergunta - O
sr. esperava esse placar?
Bustani - Os EUA tiveram a capacidade
de reunir 48 votos. É o mundo de hoje. Foi um linchamento. Não
houve sequer um debate sobre a base jurídica de minha saída.
Os países votaram acuados, aterrorizados. Dava para sentir.
Isso não é multilateralismo, é unilateralismo. Fui
confortavelmente trucidado.
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INTERNACIONAL - Oriente Médio
Militante do MST deve ser expulso de Israel
hoje
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Israel deve expulsar,hoje (24),
o líder gaúcho do MST, Mário Lill, um dia após ter deixado o
escritório da Autoridade Palestina, em Ramallah, na
Cisjordânia. Lill foi detido com outros sete ativistas
estrangeiros, às 11 horas (6 horas em Brasília) por tropas
israelenses que cercam o escritório de Arafat.
Lill
estava ao lado de Arafat quando o líder palestino estendeu a
bandeira do MST para a famosa fotografia. Desde que houve o
cerco ao QG de Arafat que ativistas estrangeiros burlam o
cerco israelense para revezarem-se no acompanhamento e
proteção à vida do líder palestino.
A Comissão de
Direitos Humanos da Câmara protestou, em comunicado oficial,
contra a prisão do brasileiro Mário Lill, em Ramalah. Para a
comissão, a detenção é "inaceitável" por ter sido feita por
forças de Israel em território palestino. Na nota, os
deputados defendem a reação com rigor da comunidade
internacional contra a consideração como crime de atos em
favor da paz e da solidariedade às vítimas de agressão e
genocídio.
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SECRETÁRIA NACIONAL DE
COMUNICAÇÃO: SANDRA
CABRAL |
|
Equipe: Cid Marcondes - Marco
Godoy - Láldert
Castello Branco - Sergio
dos Santos |
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