Boletim  Eletrônico  da Executiva Nacional da CUT

Nº 9

Secretaria Nacional de Comunicação

 22/03/ 2002


Presidente do BNDES falará sobre Globo Cabo

P-36: um ano depois, desrespeito continua 

Bancários de São Paulo protestam contra mudanças na CLT. Veja na próxima edição as imagens do protesto pelo Brasil

(Foto: Jailton Garcia/Seeb/SP)

 

Jornal demite colunista que criticou ex-deputado preso no AC

A era FHC e as eleições - Tucanos contra Ziegler


Presidente do BNDES falará sobre Globo Cabo

As Comissões de Finanças, de Ciência e Tecnologia, Fiscalização Financeira e de Economia convocarão, em reunião conjunta, o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, para explicar a alocação de R$ 284 milhões em socorro à Globo Cabo. A dívida da Globo Cabo chegou a R$ 1,6 bilhão no final de 2001, com prejuízo de R$ 700 milhões, o que denota mal gestão da empresa.

 

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P-36: um ano depois, desrespeito continua 

No último dia 15, completou um ano da tragédia que vitimou 11 petroleiros na Plataforma P-36, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Os petroleiros organizaram atos de protesto em vários Estados do país. Para o presidente da CUT Estadual São Paulo, Antônio Carlos Spis, ex-coordenador nacional da Federação Única dos Petroleiros, FUP, que participou de atos em São Paulo, "o lugar do Francisco Gros, Felipe Reichstul ou Joel Rennó deveria ser a cadeia". Segundo o dirigente, o desrespeito continua firme na empresa. No dia 19, por exemplo, o atual presidente da Petrobras, Francisco Gros, recusou-se a receber as viúvas dos petroleiros mortos na P-36, porque estavam acompanhadas de deputados do PT e sindicalistas.

Um ano depois do acidente, as viúvas ainda não receberam as devidas indenizações e o diretor da empresa dá as costas. "A Petrobras, que é uma das maiores empresas do Brasil, exemplo de tecnologia, com lucros de mais de 10 bilhões de reais, parece uma empresinha de fundo de quintal quando o assunto é segurança e respeito aos trabalhadores", completa Spis.

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Jornal demite colunista que criticou ex-deputado preso no AC

Os grandes conglomerados empresariais da imprensa brasileira, como todo mundo já sabe, estão nas mãos de cinco grandes famílias: os Marinhos, os Sirotskys, os Frias, os Civitas e os Mesquitas. Em nível regional, os esquemas, infelizmente, se repetem. Essa prática, muito bem cultivada, por sinal, é responsável pela manutenção secular de gerações e gerações de políticos brasileiros no poder. Perpetuam-se porque servem-se da mídia e a grupos tradicionais da oligarquia brasileira.

Na Amazônia, então, a situação é de uma avacalhação sem limites. Os casos dos jornalistas Altino Machado (A Gazeta, de Rio Branco, AC) e de Ribamar Beça Freire (A Crítica) são exemplares. Ambos já foram alvos de inúmeras agressões e ameaças em suas respectivas cidades. Beça Freire chegou a levar uma surra e a casa de Machado já foi alvo de rajadas de metralhadora.

Machado demitiu-se de A Gazeta depois de sua coluna ter sido censurada por desferir críticas ao ex-deputado Hildebrando "Moto-Serra" Pascoal, ligado à máfia do narcotráfico e preso no Acre. O jornal é ligado a um grupo de oposição ao governador Jorge Viana (PT). "Exigiram-me uma crítica sistemática a tudo que fosse relacionado ao Governo da Floresta", diz nota do jornalista ao demitir-se do jornal.

Em São Paulo, parece que as coisas não são muito diferentes. Ninguém afirma nem desmente, mas suspeita-se que a demissão do jornalista José Luis Datena, da TV Record, do Bispo Edir Macedo, foi por críticas ao vivo ao governo federal.

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A ERA FHC E AS ELEIÇÕES -Tucanos contra Ziegler

A ira do governo FHC contra Jean Ziegler, relator da ONU para o direito à alimentação, contrasta vivamente com a subserviência do governo  brasileiro aos Estados Unidos em todos os fóruns e episódios. Ziegler foi chamado de louco, desonesto e irresponsável porque constatou o óbvio: o Brasil é realmente um país injusto, faminto e violento. Com efeito, a subserviência do Planalto ao governo Bush é tão pronunciada que ele tem aceito que o chanceler Celso Lafer passe por revistas humilhantes, sendo obrigado a tirar os sapatos, cada vez que, por dever de ofício, precisa se encontrar com alguma autoridade americana. Mais ainda: no episódio do acordo sobre a utilização da base espacial de Alcântara, o Planalto se esmerou em fazer concessões tão grandes, que aqui na Câmara, sua própria base parlamentar foi obrigada a reconhecer que ele havia passado dos limites e negou sua chancela àquele acordo lesivo aos interesses nacionais. Também no episódio da sobretaxação, por parte do governo americano, do aço brasileiro, não se ouviu da parte do governo o protesto enérgico que o protecionismo americano requeria. Ouviu-se apenas um tímido gemido, típico de quem já não toma a soberania nacional como valor inegociável. Agora, quando um funcionário internacional faz constatações óbvias sobre nossa trágica realidade social, assiste-se a um festival de insultos destinados a passar a impressão de que o governo quer salvar a "honra" nacional. O Planalto imita assim a ditadura que investia no amálgama e apresentava como traidores da pátria tantos quantos ousavam denunciar a tortura e a violência erigidas em método de governo. Parece claro que o governo FHC quer apresentar como celerado quem ousa apontar nossas chagas sociais. Busca ainda criminalizar quem chama a atenção para o fato de que a abertura indiscriminada de nosso mercado, que nos é imposta pelos países centrais, está longe de ser um dogma para eles. Pelo contrário, americanos e europeus não vacilam em adotar medidas protecionistas sempre que isso lhes interessa. O neoliberalismo como dogma é coisa de coloniais tucanos. Diante deste quadro, a bancada do PT afirma que a inserção autônoma do Brasil no mundo requer relações respeitosas com todas as nações, ação independente em todos os fóruns internacionais e defesa firme de nossos interesses, sem que isso signifique resvalar para a demagogia consubstanciada num patriotismo de fachada, que mal disfarça uma profunda submissão ao capital internacional.

Deputado João Paulo Cunha.

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