Mobilizações acontecerão, hoje, em todo o país 

Leia a nota da CUT sobre as manifestações de hoje

Veja o quadro das mobilizações nos estados

Compra da Kaiser pela Molson pode ser coisa Ambev

Jornalistas debatem "Ética na cobertura jornalística"

Ministério Público vai anular acordos da Força

Eleição: Sarney poderá pedir observadores

Agência CUT: A notícia do ponto de vista do Trabalhador

MOBILIZAÇÃO NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES É HOJE

Mobilizações acontecerão, hoje, em todo o país

A Executiva Nacional da CUT conclama todo cidadão brasileiro a protestar de alguma forma, hoje, contra a tentativa do governo federal e de centrais sindicais de diminuírem, através de Projeto de Lei, os direitos dos trabalhadores tais como, o 13º salário, licença maternidade e paternidade, férias, descanso semanal remunerado, adicional noturno, horário para almoço, entre outros.

O governo gastou, segundo relato dos jornais, cerca de 2,5 milhões de reais do erário público para tentar convencer os trabalhadores de que o Projeto de Lei será benéfico aos trabalhadores. A Força Sindical e a SDS (Social Democracia Sindical), centrais sindicais ligadas ao governo federal, participaram das propagandas e anteciparam-se à votação do Projeto de Lei no Senado dando início às negociações com os patrões. Pelas propostas aventadas, os trabalhadores perderiam meia hora de almoço, teriam reduzidos os cinco dias da licença paternidade ou receberiam parte em dinheiro. Teve sindicato da Força Sindical que negociou, inclusive, trabalho somente aos finais de semana.

As manifestações de amanhã são, para a CUT, apenas o primeiro passo de uma grande campanha nacional para que o governo retire de vez o Projeto de Lei da pauta de votações do Congresso. A retirada da urgência urgentíssima foi em parte vitória dos trabalhadores. A pressão exercida no Congresso e a crise em que se meteu a aliança de sustentação do governo fez com que o governo recuasse e retirasse, agora, o Projeto de votação.

Clique aqui e veja quadro das mobilizações. As informações são 20 de março, até às 18 horas.

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Nota da CUT

Milhares de trabalhadores e trabalhadoras cruzarão os braços e realizarão manifestações por todo o Brasil em defesa de seus direitos

Companheiros e Companheiras, 

Amanhã, dia 21 de março, realizaremos uma greve nacional contra a aprovação de um projeto que é mais uma investida contra os nossos direitos. O Ministério do Trabalho, respaldado por centrais sindicais que funcionam como braço político do governo FHC, quer beneficiar o capital retirando direitos que, para nós, são inegociáveis. 
Temos a responsabilidade histórica de demonstrar ao governo e ao Senado Federal, através da nossa mobilização, que a classe trabalhadora brasileira não está disposta a abrir mão de seus direitos.
Principalmente após as declarações do Ministro Dornelles, divulgadas hoje pelos jornais, deixando claro que, depois de aprovada a CPMF, o governo voltará a carga para aprovar o projeto que altera o artigo 618 da CLT.
O sucesso da nossa greve e das nossas manifestações é imprescindível para barrarmos a aprovação desse famigerado projeto e iniciarmos de forma positiva a nossa participação no processo eleitoral de 2002. E isso depende do empenho dos nossos dirigentes e da nossa militância. 
Solicitamos que nossas instâncias mantenham a CUT Nacional informada dos acontecimentos de cada estado no dia de amanhã.

Saudações Cutistas, 
Executiva Nacional da CUT

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Compra da Keiser pela Molson pode ser coisa da Ambev

A cervejaria canadense Molson Inc. anunciou, dia 19 deste mês, que comprou a Cervejaria Kaiser por US$ 750 milhões. A Gazeta Mercantil anunciou que o negócio começou em 1999 e caracterizou-se por uma "complexa engenharia financeira". Na verdade, a Molson, após a compra, ficou com 80% da Kaiser e repassou quase que automaticamente 20% para a holandesa Heineken.

Até ai, tudo bem. O problema é que os trabalhadores da Kaiser estavam em plena negociação salarial que foram suspensas. Parte da categoria são representados por sindicatos filiados à CUT. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação, da CUT, Siderley de Oliveira (foto), a compra da Kaiser não pode significar o fechamento de fábricas e a perda de postos de trabalho. É que a Molnson já era dona de cinco pequenas cervejarias no país, inclusive a Bavária, e nunca produziu nada. "Agora, pode muito bem fechar essas fábricas e mandar gente embora, já que a planta da Kaiser é bem mais moderna", diz Siderley. Em 1990, o mercado das cerveja empregava 35 mil trabalhadores, hoje não passa de 13 mil. 

Outra coisa que preocupa o presidente da Contac é a possível mão oculta da Ambev por trás dessa transação da Molson. Uma das exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, CADE, quando admitiu a Ambev, em 2000 (fusão das fábricas Antártica e Brahama) era evitar o monopólio da cerveja. A Antártica teria que se livrar de uma de suas marcas: a Bavária. A Molson a única com condições de aquisição da fábrica, nunca produziu em escala a cerveja, e hoje, num golpe de mestre, compra a Kaiser, uma "concorrente" da Ambev.

Para Siderley, uma possível guerra das cervejas entre a Molson e a Ambev pode ser mera fachada. "É preciso investigar", diz o sindicalista.

Seminário

O pesquisador holandês e especialista no assunto, Paul Olsohof, previu, em 1996 as megafusões das cervejarias e toda a movimentação em torno do monopólio, inclusive o surgimento da Ambev, no Brasil. "A tendência é que, daqui a menos de dez anos, nós teremos no mundo somente cinco cervejarias", concorda Siderley com a tese do pesquisador holandês. Esse tema, além da discussão sobre a formação de duas redes de informações e troca de experiências entre trabalhadores das multinacionais de bebidas (uma em relação à Ambev e outra entre as empresas canadenses e holandesas) será discutido num seminário internacional nos próximos dias 15 e 16 de abril, com a participação de sindicalistas canadenses e holandeses, na sede nacional da CUT.

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Jornalistas de São Paulo debatem "Ética na cobertura jornalística"

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo promove hoje, quinta-feira, dia 21, o debate Ética na cobertura jornalística para discutir a postura dos profissionais da comunicação no dia-a-dia. Recentes coberturas jornalísticas têm sido alvo de críticas por parte de setores da opinião pública e da imprensa e para debater essas questões, o Sindicato convidou os jornalistas Percival de Souza, Eugênio Bucci, Cláudio Tognoli, Ewaldo de Almeida Pinto e Adalberto Diniz, todos profissionais com larga experiência na mídia.

O debate acontece no dia 21/3, das 11 às 13hs, no Auditório Vladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas (Rua Rego Freitas, 530 - S/L - Vila Buarque).

Quem são os debatedores:

Percival de Souza - jornalista e escritor, tem 12 livros publicados, e foi um dos fundadores do Jornal da Tarde. Atua há 30 anos na cobertura da área criminal. É ganhador de quatro prêmios Esso de Jornalismo. 

Eugênio Bucci - jornalista e crítico de televisão. É colunista dos jornais Folha de S.Paulo e Jornal do Brasil e das revistas Nova Escola e Sem Fronteiras. É professor de Ética Jornalística e é autor do Ética e Imprensa (Companhia das Letras), entre outros.

Cláudio Tognoli - repórter especial da Rádio Jovem Pan, é colunista da Caros Amigos, do Observatório da Imprensa e de outras publicações. É professor de jornalismo investigativo e editor da revista Babel, dos alunos da ECA/USP.

Ewaldo de Almeida Pinto - jornalista de larga atuação em rádio e TV. Esteve na Rádio Excelsior, na Rádio Nacional de São Paulo e na Televisão Paulista. Foi repórter especial da Folha da Manhã. É o coordenador da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
Adalberto Diniz - repórter fotográfico há 35 anos. Atuou em publicações como Placar e Capricho e no jornal O Globo. É autor de um livro sobre direito autoral e outro sobre a atuação das agências de notícias (co-autoria com Boanerges Lopes).

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Ministério Público vai anular acordos da Força que reduzirem direitos

É O ADVOGADO QUEM DIZ

O Ministério Público do Trabalho avisou ontem que irá abrir uma ação para anular qualquer contrato de flexibilização da CLT que vier a ser assinado pelos sindicatos filiados à Força Sindical e empresários. "Vamos entrar com ações anulatórias, pois não é possível que a Justiça deixe o trabalhador sair prejudicado por uma negociação dessa", diz o responsável pela Cooordenadoria da Defesa dos Direitos Difusos e Coletivos do Ministério Público do Trabalho, Orlando Mello.

Segundo o procurador todas essas alterações na CLT ferem os interesses individuais e coletivos dos trabalhadores. Ontem, o procurador enviou requerimento à Força Sindical solicitando cópia do contrato de flexibilização que a entidade pretende assinar hoje com o sindicato patronal das autopeças. Segundo, Melo, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, recusou-se a receber os oficiais que tiveram de protocolar o requerimento no Departamento Jurídico da entidade. Que vexame!

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Sarney diz que poderá pedir observadores internacionais na sucessão 

O senador José Sarney (PMDB-AP) alertou que poderá recorrer a organismos internacionais como a ONU e a OEA e pedir o envio de observadores internacionais para garantir a regularidade na sucessão presidencial brasileira. Ele criticou ações de espionagem no país contra candidatos e observou também que decisões como a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as coligações tumultuaram o processo. "Uma eleição não é fraudada apenas nas urnas, mas começa com ações que envolvem o aparato do Estado", afirmou. (Agência Senado)

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INFORME DAS MOBILIZAÇÕES NOS ESTADOS
PARA ORGANIZAÇÃO DA GREVE NACIONAL - 20 de março de 2002 - 18 horas

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